Traficantes são presos por sequestro e tortura contra mulher

Os dois também são investigados por envolvimento com o tráfico de drogas - Foto: Divulgação | Polícia Civil
Os traficantes Emerson Rocha dos Santos, 28 anos, o Barriga, e Jeferson Palmeira Soares Santos, 30, o Jel, da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), são investigados pelo sequestrar e torturar mulher de 19 anos moradora da localidade do Ponto 13, no bairro da Mata Escura. Eles são suspeitos ainda de ter divulgado dois vídeos das agressões pelo aplicativo WhatsApp.
Os suspeitos foram presos, em flagrante, por tráfico de drogas e associação para o tráfico, na terça-feira passada, 3, durante uma operação conjunta entre policiais da 11ª DT (Tancredo Neves) e do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom).
Segundo a polícia, Emerson e Jeferson foram abordados próximo a um ponto de venda de drogas na Rua Sete de Setembro, no Ponto 13, onde Emerson é apontado como líder do tráfico.
A jovem teve os cabelos cortados e, em alguns momentos, uma arma de fogo foi apontada para a cabeça, foi agredida com pedaços de madeira em diversas partes do corpo e sofreu agressão verbal. O crime ocorreu no último dia 16 de setembro.
Desde então, ela permanece internada em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE), conforme a polícia. “Eles estariam convictos de que a vítima estava passando informações para o grupo rival [que controla o tráfico na Babilônia, em Tancredo Neves]. Foi uma motivação fútil, já que não havia comprovação de que ela passava informações”, afirmou a delegada Lúcia Jansen, titular da 11ª DT.
Imagens
Foram divulgados dois vídeos pela rede social, sendo um com 29 segundos e outro com 30 segundos. “Não se amostre pra ninguém não, vu? (sic)”, diz uma voz masculina enquanto um tapa é dado no rosto da mulher. “É o bonde. É a tropa. É a tropa do 13”, continua a voz, ao passo que as agressões físicas continuavam. “Peraê (sic)”, diz a jovem em diversos momentos nas filmagens.
“Tá ligada no BDM aqui ó. BDM aqui como é aqui, ó. Aqui como é, ó. Ó, só no coco viu, porra? (sic)”, continua uma voz masculina, enquanto bate várias vezes com a pistola na cabeça dela.
O outro vídeo, o de 30 segundos, começa com alguém batendo a ponta de uma pistola na cabeça da mulher, enquanto o cabelo é cortado. “Não jogue aí não, ó”, diz a vítima referindo-se aos fios cortados. “Quer escolher ainda onde vai jogar é?”, pergunta uma voz masculina enquanto outro homem bate no braço dela com um pedaço de madeira, em seguida, novos golpes são dados nas pernas da vítima.
Um revólver 38 aparece nesse vídeo. “A pistola é segurada por Emerson e o revólver por Jeferson”, afirmou André Pinto, coordenador de investigação da 11ª DT.
A polícia chegou até eles após denúncia anônima sobre a agressão à jovem e outras ações violentas praticadas pelo grupo na comunidade. “Há denúncias de que esse grupo é responsável por atear fogo a veículos, invadir residências e impor toque de recolher”, afirmou a delegada Lúcia Jansen. (A Tarde)

Um comentário:

  1. Pena que a polícia deixou essas varejeiras vivos.

    Tem que jogar na vala.

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