PMs baianos vão poder ter segundo emprego

O deputado Adolfo Menezes (PSD) conseguiu nesta terça-feira, 9, na Assembleia produzir um milagre e quebrar um tabu.
O milagre: reunir 38 deputados em plenário nestes tempos de pré-campanha eleitoral em que a maioria bate o ponto e vai embora.
O tabu: aprovou um projeto de emenda constitucional (PEC) de autoria dele que permite aos policiais militares ter um segundo emprego, desde que não exceda 20 horas semanais, o que até agora era proibido (exceto para atuar como professor).
É tabu porque os policiais não podiam, mas faziam, todos sabiam e fingiam que não viam, e tolerava-se.
O projeto foi amplamente negociado, inclusive pelos comandos da PM e da Polícia Civil.
Como a iniciativa foi da Assembleia, nem precisa sanção governamental. Basta o presidente Marcelo Nilo (PSL) promulgar.
Aleluia x Cajado
O deputado José Carlos Aleluia perdeu a disputa que travou com o colega do DEM Cláudio Cajado, pelo comando da Funasa na Bahia.
Aleluia queria o ex-deputado Heraldo Rocha e Cajado, a mulher dele, Andrea Xavier.
O Diário Oficial da União de hoje sai com a nomeação de Andrea. Para Heraldo, ficaria o Dnocs. Mas ele declinou.
Liberdade, liberdade
Diva Santana e Magdala Duarte, militantes do grupo Tortura Nunca Mais na Bahia, entraram com uma ação popular na Justiça Federal tentando derrubar a decisão do secretário nacional de Segurança, Celso Perioli, que proíbe o uso de camisetas tipo Fora Temer nos jogos do Rio.
Elas dizem que a decisão extrapola os limites da proibição de manifestações.
"Eu acho que as pessoas do Norte e do Nordeste não têm conhecimento do que está sendo feito aqui [na Justiça Federal, em Curitiba]. Tem que espalhar isso para o Brasil"
Suzana Vieira, ontem, numa manifestação de artistas em apoio ao juiz Sérgio Moro.
"Quem é Suzana Vieira para falar dos nordestinos?"
Rosemberg Pinto, deputado estadual do PT baiano, criticando a atriz pela fala.
Virada em Jequié
A conturbada política de Jequié sofreu nova reviravolta ontem. A prefeita Tânia Brito (PP), afastada em maio, retornou ao cargo depois que a presidente do TJ, Maria do Socorro, reformulou a decisão dela própria. Com isso, o vice-prefeito, Sérgio da Gameleira (PSB), candidato de ponta, sofreu um baque.
Lá há outros cinco candidatos: Eduardo Barbosa (PP), Tadeu Cafezeiro (PDT), Marcos Ferreira (PSOL), Paulo Vasconcelos (PTC) e Fernando Vieira (PV), mas a disputa é entre Sérgio, Eduardo e Tadeu.
Álcool zero — E por falar em Jequié, o bispo diocesano dom José Ruy pregou, numa das suas homilias, o fim da venda de bebidas alcoólicas na festa de Santo Antônio, o padroeiro da cidade.
A ideia bateu mal. Barraqueiros dizem que, assim, a festa acaba.
O doido
Com o título Doido por Salvador, o deputado Sargento Isidório (PDT) já tem pronto o jingle que vai usar como candidato a prefeito da capital baiana. A letra diz: Agora é a vez do Doido/ O Doido quer casar com a massa. E conclui: É melhor ser doido do que ser ladrão.
Isidório diz que é um remake da primeira campanha dele, em 2002, quando se candidatou a prefeito de Candeias. A letra dizia:
Vote no Doido, meu irmão
Ele vai baixar o preço do gás
E também o preço do pão
Mas se nada disso ele fizer
É melhor votar em doido
Do que votar em ladrão.
A origem — Aliás, Isidório diz que o nome Doido quem arranjou foi o próprio ACM Neto, justamente em 2002.
Num comício em Candeias, junto com Júnior Magalhães, filho da ex-prefeita Tonha Magalhães, Neto o teria chamado de 'Sargentinho' e de 'Doido'. Ele adotou.
POUCAS & BOAS
* Daniel Azeredo Avelino, procurador da República que atua no Pará, disse ontem no encontro do MPF com o Comitê da Bacia do São Francisco, na sede do MPF em Salvador, que a experiência de controle ambiental na região amazônica pode ser adotada no São Francisco. A base é o uso de imagens de satélite.
* O TCE baiano realiza amanhã (14h) o Seminário de Acessibilidade. Pretende qualificar o corpo técnico para fazer cumprir a lei de inclusão no mercado de pessoas com deficiência física.
* A Comissão da Verdade da Bahia e o governador Rui Costa vão entregar sexta (16h) na Governadoria o relatório final sobre as violações dos direitos humanos cometidos na Bahia entre 1964 e 1985, o período da ditadura militar. (A Tarde)

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