O ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite, afirmou
neste domingo que considera que as instituições e a democracia do Brasil
são as instâncias que devem solucionar os problemas do próprio país,
"sem ingerências de outros".
"Se o Brasil vai bem, nós iremos melhor", disse Leite em entrevista à Agência Efe em Madri, onde hoje encerrou uma semana dedicada a mostrar à Espanha o potencial do Paraguai como alvo de investimentos. Em relação à crise política no Brasil, Leite reiterou que o Paraguai "não vai interferir nos assuntos internos de outros países".
"Nós tivemos nosso próprio processo de impeachment em 2012 e não gostamos ser assessorados por outros países", lembrou. Em junho de 2012, Fernando Lugo foi destituído como presidente do Paraguai em uma controverso julgamento político promovido pelo Legislativo após a morte de seis policiais e 11 trabalhadores rurais em um tiroteio durante uma operação de despejo em uma fazenda em Curuguaty, no nordeste do Paraguai.
O ministro destacou que o Paraguai foi "um dos poucos países do mundo
que conseguiu aumentar exportações para o Brasil" graças a sua
competitividade e, apesar da crise brasileira, foram instaladas novas
indústrias no Paraguai, onde 80% procedem do Brasil.
Leite lembrou o programa de governo do presidente Horacio Cartes, que
pretende "substituir, no Paraguai, tudo aquilo que o Brasil importa da
Ásia" e defendeu que é algo que "faz sentido até em época de crise".
"O que nós, como país irmão e amigo, queremos para o Brasil é o melhor, mas nos temas políticos o Paraguai foi muito claro, e acredito que foi um exemplo", concluiu.
"O que nós, como país irmão e amigo, queremos para o Brasil é o melhor, mas nos temas políticos o Paraguai foi muito claro, e acredito que foi um exemplo", concluiu.
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