Estudante leva mensagens de empatia e saúde mental no trânsito de Feira de Santana

Quando alguém enfrenta momentos difíceis, uma mensagem de apoio pode fazer toda a diferença. Consciente disso, o estudante de filosofia, Mazo Sete, sempre busca uma forma de transmitir uma palavra de ânimo para quem precisa. 
Na segunda-feira (18), a reportagem do portal Acorda Cidade o flagrou na avenida João Durval, em Feira de Santana em uma de suas ações de empatia. Com um simples gesto, o jovem se aproxima das pessoas, traz alento, e reflexão para refletirem o quanto suas existências na Terra importam. Com um cartaz dizendo ‘Obrigado por você não ter desistido!’, ele explicou que estava realizando aquela ação para alertar a população sobre os cuidados com a saúde mental, além de trazer conforto e atenção para quem precisa.
“Uma sociedade que não prioriza a saúde mental é uma sociedade primitiva. A cada 40, 45 minutos no Brasil, uma pessoa comete suicídio e para uma pessoa que comete suicídio, outras 20 tentam e não conseguem. Então acredito que essa mensagem, que eu fiz, esse cartaz, toca nas pessoas que já tentaram suicídio e não conseguiram, as pessoas que já pensaram nisso e as famílias das pessoas que porventura já passou por algo semelhante na vida delas”, relatou.
O estudante contou que teve a ideia a partir da construção da frase e que, ele queria expandir para muitas pessoas.
“Eu estudo filosofia e dentre várias ideias, essa frase foi se construindo aos poucos na minha mente. Logo em seguida, coloquei isso nas minhas redes sociais, depois fiz uma camisa com essa frase e tive que tentar alcançar um pouco mais além. Por isso que eu faço essa ação na Avenida João Durval”.
Sempre no mesmo local, em frente ao Colégio Estadual Odorico Tavares, Mazo passa a sua mensagem e encontra também o conforto de muitas pessoas que, além de receber suas palavras, se solidariza com sua ação e chega mais perto para trocar com ele, seja com palavras de agradecimento ou testemunhos.
“Essa ação mudou minha vida. Pessoas que param o carro, atravessam, me encontram no meio do canteiro e pedem para me abraçar e começam a chorar. Gente passando e buzinando, porque tocou essa frase, tocou nessa pessoa de uma forma que eu não sei explicar, mas tocou de uma forma positiva. Eu acho muito complicado a gente viver nessa vida de só pensar em acumular, só pensar no próprio umbigo e a gente não dar um bom dia para uma pessoa”, declarou.Além do mais, o estudante também trouxe uma reflexão importante sobre a empatia e os tipos de relações que as pessoas estão construindo enquanto sociedade.
“A gente muitas vezes coloca a bíblia debaixo do braço, passa por uma pessoa no meio da rua e não dá uma atenção. Será que isso é ser cristão? A gente tem que se colocar. O que Jesus faria? Eu digo que a minha religião é tentar andar os passos de Jesus na terra. É muito difícil, mas eu acredito que esse seja o melhor direcionamento que uma pessoa pode ter na vida”.
Através da mensagem que ele oferece ao próximo, ele afirma que se sente mais vivo ainda. No meio do seu cotidiano, ele tira um tempo para ir até a rua levar uma mensagem de agradecimento e paz, que pode transformar.
“Me sinto mais vivo ainda. Tocando as pessoas de uma forma positiva”, disse. Acorda Cidade

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