Com homicídios em alta, Polícia Civil elabora plano de ação para diminuir casos em Feira de Santana

Acorda Cidade - Para o delegado Roberto 
Leal, que é o coordenador regional da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coopin), os índices preocupam, uma vez que muitos destes homicídios foram contra pessoas sem vinculação com o tráfico de drogas.
“Vemos com extrema preocupação. Nós percebemos esse aumento considerável de CVLIs (Crimes Violentos Letais Intencionais), e o que nos preocupa bastante é porque a tônica dos crimes aqui em Feira de Santana é muito motivada pelo tráfico, e percebemos que pessoas foram vítimas de homicídios e também de tentativas de homicídios, mas são pessoas que não têm nenhum tipo de vinculação com o tráfico de drogas”, expressou o delegado.
Ele também observou que os homicídios estão sendo registrados em diversos bairros da cidade.
“Preocupa também a situação de que todos estes crimes estão bastante diluídos em toda a cidade. Nós temos registros de diversos bairros aonde esses crimes ocorreram. Por isso desde a sexta-feira passada estamos aqui com um planejamento em execução, teremos ações nos próximos dias, para que a gente consiga debelar imediatamente esses índices elevados que estão acontecendo em Feira de Santana”, informou.
Conforme Roberto Leal, a Polícia Civil está realizando diversos levantamentos, principalmente identificando quem são essas vítimas para saber se as mesmas estavam vinculadas ou não a algum grupo criminoso que explora o tráfico de entorpecentes ou outras ações.
Além disso, o órgão busca identificar se as ordens de execução estão partindo de dentro da prisão.
“Somos cientes de que realmente presos vinculados a esses grupos criminosos acabam conseguindo determinar algumas ações intramuros. Nossa preocupação é fazer um trabalho cooperado juntamente com a Polícia Militar e com a Polícia Penal, através do comandante Junior, que está à frente do presídio, e do comandante Piton, para que a gente consiga ali informações relevantes. E neste momento estamos angariando essas informações, para saber se realmente estas ordens estão saindo ou não do presídio, se são vinculadas a alguma disputa nova pelo tráfico de entorpecentes, se algum fato novo que aconteceu, mas realmente a gente tem que levar em consideração a participação de presos, que acabam fazendo parte desses grupos criminosos e de alguma forma ordenam essas execuções”, destacou.
O coordenador de polícia confirmou que nos últimos 3 meses houve alta no índice de homicídios, em comparação com o primeiro semestre e o início do segundo semestre de 2022.
“Tivemos o primeiro semestre com uma redução considerável. Iniciou o segundo semestre com redução também. Conduto esses últimos meses, como falamos no jargão policial, conseguiram tirar a gordura, esse saldo de homicídios que nós tínhamos, e não houve até o momento indicativo de decréscimo nestes índices. Então essa preocupação se estende a todos os órgãos de segurança, não apenas a Polícia Civil, mas também a Polícia Militar e todos os órgãos que compõem a segurança pública em Feira de Santana, para que todos nós de forma contínua continuemos realizando ações, principalmente ações que já estavam planejadas e outras para que a gente consiga continuar realizando nosso trabalho”, avaliou.

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