Paciente com covid-19 foge do Hospital de Campanha e após retornar, assina termo para deixar a unidade

Paciente com covid-19 foge do Hospital de Campanha e após retornar, assina termo para deixar a unidade
Um paciente do Hospital de Campanha de Feira de Santana deixou a unidade sem concluir o tratamento, na tarde de quinta-feira (11). O diretor-geral da unidade, Gilmar Oliveira, informou ao Acorda Cidade que o paciente deu entrada no hospital na última segunda-feira (8), saiu correndo pelo estacionamento e após ser convencido a retornar, assinou um termo para não ficar mais no hospital.
“Ontem ele conversou com nossa equipe de assistência dizendo que não queria ficar no hospital. Ele saiu da enfermaria, se dirigiu ao estacionamento, fomos com nossa equipe médica, e de enfermagem, assistência social e psicologia, para conversar com ele, e ele estava dando voltas pelo hospital. Depois ele aproveitou a entrada de um veículo no estacionamento e saiu correndo. Imediatamente toda a equipe que estava envolvida foi atrás do paciente, e para a nossa sorte, vinha passando uma guarnição da Polícia Militar que nos deu apoio. Ele sentou na avenida, conseguimos convencê-lo a voltar ao hospital. Ele retornou junto com a mãe e a outra equipe que o aguardava tentou convencê-lo a continuar com o entendimento no hospital, mas ele optou por assinar um termo de saída. A mãe assinou como testemunha e o levou para casa”, relatou o diretor-geral.
Por volta das 19h a mãe do paciente de prenome Rafael entrou em contato informando que o mesmo estava sentindo um desconforto no peito.
“Eu pedi que ela o levasse a uma UPA ou outra unidade para dá entrada que nós estaríamos aguardando o retorno do paciente. Ela não me deu esse retorno, me ligou mais uma vez dizendo que a condição para ele voltar ao hospital seria com o celular na mão. O protocolo do hospital não permite a entrada de celular. Ela entendeu e eu disse que estaríamos à disposição aguardando-o, mas até o presente momento ele não retornou”, informou Gilmar Oliveira ao Acorda Cidade.
O diretor-geral contou que quando o paciente tentou fugir, a equipe foi acompanhando e ele andava e parava, pois estava com cansaço.
“Ele estava a cerca de 800 metros do hospital, próximo a uma concessionária. Fomos acompanhando ele pela avenida, e como ele se sentia cansado e confuso, ele andava e parava e chegou a um determinado momento em que ele não conseguia mais andar e parou. Depois a família dele chegou. Não foi falha da segurança do hospital. Não podemos segurar o paciente. Estávamos o acompanhando para onde ele se dirigia e quando um funcionário abriu para um veículo entrar, que era outro médico que estava chegando, ele aproveitou e saiu correndo. O próprio médico que estava no veículo nos acompanhou no atendimento, foi o mesmo médico que tinha recepcionado o senhor Rafael, já o conhecia, e foi o mesmo que o convenceu a voltar, mas chegando lá ele disse que não queria ficar. A maioria dos pacientes tem esse pensamento que estão bons, que estão recuperados e querem voltar para casa”, disse.
Segundo a equipe médica, o paciente não está bem. Ele tem dois filhos, e segundo a mãe dele, está na casa da esposa. Os filhos estão com os avós. “A saturação dele está em cerca de 80% comprometida. Ele deveria realmente ficar no hospital”, destacou Gilmar Oliveira. Fonte: Acorda Cidade

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