Um filhote de baleia jubarte foi encontrado morto na manhã deste domingo (17) na praia de Jardim de Alah, em Salvador. De acordo com informações da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), que removeu o animal da faixa de areia, por volta das 11h, a baleia pesava, aproximadamente, 2,5 toneladas.
As baleias estão presentes em todo litoral do estado entre os meses de junho a outubro. Em 2017, já foram registrados o encalhe de 33 baleias na costa da Bahia. No Brasil, o volume chega a 85. Os dados são do Instituto Baleia Jubarte que deve ir até o local nesta segunda (18) para registrar mais esta ocorrência, como afirma a pesquisadora da entidade, Luena Fernandes. O estado é o que tem o maior número de encalhes reportado em todo o país.
“Nesse caso, o que sabemos inicialmente é que se trata de um filhote recém-nascido. O litoral baiano é área de reprodução das baleias nesta época do ano”, afirma a pesquisadora. Ainda de acordo com Luena, com uma maior concentração de animais na costa, os encalhes se tornam naturais no período. Pelo menos, 17 mil baleias estavam no Brasil em 2015. A estimativa é de que a reprodução do animal aumente esta população de 10% a 12% anualmente. “85% das baleias que encalham já estão mortas, seja por motivos naturais ou por interações humanas, como colisão com embarcações ou redes de pesca”, acrescenta. Para ela, os ventos fortes também podem ter favorecido a morte do filhote. “Com estas condições de mar agitado, ele pode ter se separado da mãe e morrido em alto mar”. Há duas semanas, uma baleia macho jovem, com cerca 10 metros de comprimento e 20 toneladas, foi encontrada morta na praia de Ondina, atrás do Hotel Bahia Othon Palace. Na semana passada, um catamarã que saía de Morro de São Paulo em direção a Salvador se chocou com outra baleia.
Luena orienta ainda, o que deve ser feito ao encontrar uma baleia encalhada: é preciso acionar o quanto antes o Instituto Baleia Jubarte, através dos telefones (73) 3297-1340 e (73) 98802-1874, no Sul da Bahia; e (71) 3676-1463 e (71) 98154-2131, em Salvador, Litoral Norte e Região Metropolitana. (Correio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário