Festa junina descontrai pacientes em tratamento

Após o primeiro acorde da sanfona, a alegria tomou conta do semblante dos pacientes assistidos pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), na sede da instituição, localizada no Largo de Roma (Cidade Baixa), nesta quarta-feira, 14.
Quem não podia ficar em pé, dançava sentado e, quem podia, arriscava um arrasta-pé, em sincronia, prestigiando as quadrilhas Terecoteco e Renascer.
As apresentações foram voltadas para as pessoas com deficiência do Centro Especializado em Reabilitação Irmã Dulce (CER IV) e do Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência João Paulo II (CAPD).
Enquanto a quadrilha Terecoteco tem como objetivo a inclusão social, a Renascer visa promover o convívio social, a autonomia, a independência e a cidadania dos idosos internos.
Terapia
Coordenador da Terecoteco, José Carlos Sobrinho conta que os participantes ficam na expectativa da apresentação desde o término do Carnaval: “Esta é uma atividade perfeita para o tratamento terapêutico. Por meio da quadrilha, podemos proporcionar a vivência de movimentos como a dança, música e o teatro”.
Coordenador do grupo Renascer, o psicólogo Ubirajara José da Silva afirma que casos de depressão no meio dos idosos abandonados é grande, sendo necessário a intervenção por meio de atividades lúdicas.“É uma tentativa de diminuir a tristeza que essas pessoas enfrentam no cotidiano. Onde passamos, deixamos uma mensagem para que eles aprendam a lidar com a angústia e minimizar o quadro de baixo auto-estima”, revelou.
Segundo o psicólogo, os pacientes que sofrem de depressão intensa, ao entrar na quadrilha, apresentam melhora. “Um vai convivendo com o sofrimento do outro e vai aprendendo a sobreviver com sua dor”.
Vanda Xavier, de 80 anos, arriscou nos passos do forró. Animada, a idosa contou que fica na expectativa das atividades: “Eu achei a apresentação maravilhosa, eles dançaram muito bem” [...]
 

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