De volta ao Carnaval, Netinho diz: o axé se foi

O cantor que tem dado shows de superação ao enfrentar complicações gravíssimas na saúde voltou ao Carnaval de Salvador, neste sábado (25). Netinho se apresentou no palco “Praia” do Camarote do Nana e relembrou grandes sucessos que fizeram história na sua carreira, além de diversos carnavais. Um show aparte foi sua força interior que deu fôlego suficiente para mais de 1h30 de show e ainda um retorno ao palco após a última música para cantar duas “saideiras”. 

Durante coletiva à imprensa, o cantor relatou a reportagem do Bocão News o significado da vida e do próprio show. “Têm duas questões muito particulares de cada pessoa. É a questão da morte e a questão de Deus. Eu passei por ambas no hospital. Talvez por eu ter chegado em uma situação de morte várias vezes, e estar hoje em pé com voz cantando. Talvez isso signifique uma coisa maior para as pessoas, que não é só a minha vitória, é de todos os seres humanos. Que aprendi que quando a gente consegue a gente sai”, comenta.

Sobre a força e superação Netinho fez questão de dizer que parte da vontade própria de cada um. “Um dia Dr. Kalil me disse no Hospital. ‘Olhe Netinho a gente já fez tudo, você só sai se você quiser’. Fiquei três dias em coma, não esperava mais acordar. Acordei no terceiro dia 1h30 da manhã. E é o que ele fala, ‘a medicina faz tudo, mas se o ser humano não quiser e o espírito também, não levanta. É a mensagem que passo para todos. A vida é incrível, é maravilhosa, é linda. Ninguém deve desistir da vida”, afirma. 

Sobre a apresentação, Netinho foi categórico ao analisar que tipo de música precisa ser tocada: “Foi um show lindíssimo, com emoção. Só música amorosa, positiva. Isso que o Brasil precisa. Tem muita coisa com sofrimento, mágoa, tristeza tocando, todo mundo ouvindo e inconsciente vai assimilando isso, vai colando isso na vida das pessoas. A gente precisa de mais amor, retornar aquela época que falava de amor, de paz. Esse show foi isso hoje”, explica.

O cantor ainda criticou a qualidade musical do atual axé music e a crise nos blocos carnavalescos de Salvador. “A cultura nesse mundo globalizado precisa ser protegida, se não ela morre. O axé se foi”, dispara. (Bocão News)

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