Mulher que cuidou de criança durante falso sequestro presta depoimento

Eder foi preso na quinta-feira
A mulher que tomou conta da menina de 1 ano e 6 meses vítima de um falso sequestro armado pelo próprio pai prestou depoimento na manhã desta sexta-feira, na 36ª DP, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A amiga de Eder Vitorino Coelho, preso pelo crime, disse que ele deixou a filha na casa dela e apenas pediu que ela tomasse conta da bebê por dois dias, sem explicar o motivo.
Conversa mostra mulher pedindo que pai buscasse a filha
— Ela se apresentou nesta manhã e disse que não sabia de nada — explicou o delegado assistente da 36ª DP, Thiago Martins, responsável pela investigação.
O celular da mulher foi apreendido, e a quebra de sigilo será solicitada, assim como a recuperação das mensagens apagadas, para avaliar a real participação dela no crime.
De acordo com ele, a menina já passou por uma avaliação psicológia do Conselho Tutelar, que teve um resultado positivo. A bebê está em casa com a mãe, e o pai deve ser levado para um presídio ainda nesta sexta-feira.

Homem forjou o sequestro
Eder Vitorino Coelho foi preso na quinta-feira em flagrante, menos de 24 horas depois de dizer que a filha de 1 ano e seis meses havia sido sequestrada quando estava no colo dele, em uma rua de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

As investigações, no entanto, mostraram que o pai deixou a menina com uma amiga, em Sepetiba, na quarta-feira. No mesmo dia, registrou o falso sequestro na delegacia e, na manhã de quinta, mostrou para a família uma carta com ameaças de morte para o bebê, que seria “sacrificado para Lúcifer”, se não fosse entregue uma quantia de R$ 7.700.

O pai de Eder, Antonio Luiz Coelho, de 64 anos, conseguiu arrecadar R$ 5.700, com a ajuda de familiares, para que o filho pagasse o resgate aos supostos criminosos. Eder saiu com o dinheiro e voltou com a criança no colo. Ao chegar em casa, foi preso por policiais da 36ª DP (Santa Cruz). Na delegacia, acabou confessando o crime.

Depois da prisão de Eder, a polícia identificou a casa onde a menina ficou e encontrou o dinheiro do resgate, em uma casa onde o homem costumava dormir. Ele foi autuado pelos crimes de extorsão e falsa comunicação de crime, cujas penas máximas somadas são de dez anos e seis meses. (Extra)



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