Encontrados corpos de crianças mortas em incêndio a casarão na BA

Crianças mortas em incêndio em Cachoeira, na Bahia, eram irmãos de 3 e 5 anos. (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
Os corpos das duas crianças que morreram em um incêndio na cidade de Cachoeira, Recôncavo Baiano, foram encontrados pelos bombeiros na tarde desta segunda-feira (13). De acordo com os bombeiros, as vítimas, dois irmãos, de 3 e 5 anos, estavam sob os escombros do casarão. A mãe dos dois meninos acompanhou o trabalho de resgate durante todo o dia, do lado de fora do imóvel. O incêndio aconteceu no domingo (12). 
Mãe de crianças mortas em incêndio em Cachoeira, na Bahia, é amparada (Foto: Henrique Mendes/ G1)
O primeiro corpo foi retirado do local por volta das 14h. Os bombeiros acreditam que seja o da criança de 3 anos. A segunda vítima foi retirada do local por volta das 15h20. Os corpos serão levados para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Santo Amaro, cidade próxima a Cachoeira. 
O capitão Adriano Bertolino, do Corpo de Bombeiros, que coordenou o resgate dos corpos no casarão, disse que houve dificuldades da equipe de chegar até as vítimas por conta das condições precárias do imóvel. "A estrutura estava em colapso diante do fogo", disse.
As causas do incêndio serão apuradas pela Polícia Civil. De acordo com as informações iniciais dos bombeiros, há a suspeita de que o fogo tenha sido provocado por fogos de artifício usados pelas crianças no quarto onde elas estavam. As chamas se alastraram rapidamente. A perícia da Polícia Técnica vai determinar as causas do incêndio.  A mãe e a avó dos meninos conseguiram sair do imóvel. 
Pedido de socorro 
O tio-avô das duas crianças de 3 e 5 anos vítimas do incêndio disse, nesta segunda-feira, que ouviu os meninos gritarem por socorro. "Eu ouvi eles me gritando: 'me tira daqui, me tira daqui'. Cheguei a falar com eles. Eles disseram que estavam morrendo. Me desesperei, desci para pedir socorro. Não deu mais tempo", relatou Ednaldo Oliveira Silva.
Irmão da avó materna das crianças, Ednaldo não estava no imóvel no momento da tragédia. Morador vizinho, ele conta que viu as chamas de longe e entrou no casarão para ajudar as vítimas. "Não consegui, não consegui. Não aguento lembrar", desabafa.
Morador do casarão e irmão da mãe das vítimas, Francisco Neves Lima Junior, de 31 anos, falou que estava na rua quando soube que o imóvel pegou fogo. Ele disse que o fogo se espalhou rapidamente no imóvel, impedindo o socorro dos meninos.
O tio dos meninos acrescenta que a casa tinha 12 quartos e que no local moravam cerca de 14 pessoas. "Ficou tudo destruído", disse. O casarão pertence à família e, segundo moradores, foi reformado há dois anos.
Mãe e avó sobrevivem
Uma mulher de 39 anos e a mãe dela, uma idosa, que é cadeirante, conseguiram sair do casarão que pegou fogo em Cachoeira, na tarde de domingo, segundo informações da Polícia Militar.
De acordo com a PM, dois meninos de três e cinco anos, filhos da mulher que sobreviveu, não conseguiram sair do casarão. A mulher contou à polícia que não conseguiu resgatar os menores porque o quarto em que estavam foi tomado pelo fogo e por isso saiu para pedir ajuda.
O sub-tenente Boudoux, da Polícia Militar, informou que a mãe das crianças precisou ser medicada após o incêndio. "O irmão das crianças, de 24 anos, disse que eles [as crianças] poderiam estar com fogos de artifício dentro do quarto", disse o sub-tenente da PM.
A polícia informou que o casarão fica localizado na Rua da Feira, e que o fogo começou por volta das 16h30 de domingo. Segundo a PM, uma loja de eletrodomésticos que fica ao lado do casarão também foi atingida pelo fogo e o telhado caiu.
Ainda de acordo com a polícia, duas equipes do Corpo de Bombeiros, de Santo Antônio de Jesus e Feira de Santana, chegaram ao local por volta das 18h e conseguiram apagar as chamas. Conforme a PM, a cidade de Cachoeira não conta com unidade dos Bombeiros. Ainda conforme a polícia, somente as paredes laterais e a fachada do casarão permanecem em pé.  O imóvel é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Informações e fotos: G1 BA

4 comentários:

  1. se tivesse uma unidade do corpo de bombeira em alguma localidade mais próxima, possivelmente não viria acontecer as mortes, lamentável autoridades não se preocuparem com futuros eventos desse tipo é necessário que familiares percam entes queridos para que providencias sejam tomadas.

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  2. olha faz uma vergonha cruz das almas já passou do tempo de ter uma corporação do bombeiros na cidade e precisa de uma de feira de Santana para atende der a ocorrência me deculpa falta de compotencias das autoridades

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  3. Se fosse em uma cidade onde há polícia e delegado, a mãe seria presa por abandono de incapaz, mas numa cidade do interior que não tem nem uma coisa nem outra e todo mundo faz o que quer, não vai dar em nada e outros meninos vão continuar morrendo.

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