Secretário se reúne com representantes da imprensa, e mal tratamento de policiais a repórteres foi discutido

Secretário se reúne com representantes da imprensa
Sugestão do Conselho de Comunicação Social da Bahia, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, recebeu na tarde de hoje (28), integrantes das entidades representativas dos jornalistas baianos. Ao lado da secretária de Comunicação do Estado, Marlupe Caldas, Barbosa ouviu as principais queixas da categoria em relação à atuação policial.

Ameaças a jornalistas ligados à cobertura do “caso Geovane”, jovem encontrado esquartejado e queimado, desaparecido após uma abordagem policial, foi o principal tema do encontro. A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) enviou ao governador Jaques Wagner documento em repúdio à intimidação dos profissionais, recebido pelo titular da SSP na tarde de ontem.

“É preciso averiguar não apenas esse fato, mas tantas outras ameaças feitas de forma anônima e no dia a dia nas ruas”, afirmou a presidente do Sindicato dos Jornalistas, Marjorie Moura.  Ela assume que há esforços por parte do comando-geral da Polícia Militar para melhorar o relacionamento entre jornalistas e policiais, no entanto, relata a existência de Pms que, de forma intimidadora, tenta impedir o trabalho dos repórteres.

Já o presidente da (ABI), Walter Pinheiro, relembrou os casos de abusos policiais contra jornalistas denunciados durante as manifestações populares no período da Copa da Confederações. Ao lado de diretores da associação, Pinheiro também cobrou ações mais enérgicas da SSP em relação às más condutas policiais em relação aos profissionais de imprensa.

Após ouvir os relatos dos representantes dos jornalistas, Barbosa divulgou algumas ações da pasta na preservação dos profissionais de comunicação e para a garantia da liberdade de imprensa. Também apontou as principais dificuldades encontradas para a aplicação de penalidades mais severas a policiais que dificultam a atuação dos jornalistas. 

“Para tomarmos medidas mais efetivas contra este tipo de conduta é preciso que as vítimas formalizem as denúncias”, disse, ressaltando que depoimentos e a colaboração para busca de provas são indispensáveis ao remetimento de um inquérito policial coeso à Justiça. Fonte: (Secretaria de Segurança Pública)

Um comentário:

  1. A verdade é que, afora alguns profissionais da imprensa que reconhecem e valorizam o trabalho da polícia, a maior parte da mídia “toca o pau” na polícia. Aproveitam as ações ilícitas isoladas de alguns policiais para manchar a imagem de toda a Polícia. Ora! Todas as instituições tem sua banda podre: na Polícia, no Judiciário, e na imprensa também. Transparência e IMPESSOALIDADE são princípios norteadores da atividade jornalística. Infelizmente, não é o que vemos, na maioria das vezes.
    O caso do desaparecimento do “jovem” Geovanne é a prova disso. Programas sensacionalistas, como “Se Liga Bocão”, “Na Mira”, etc. (que usam inclusive o trabalho policial para ter audiência) caíram em cima dos policiais da Rondesp BTS, sem mesmo nem se ter a conclusão das investigações. Não estou aqui compactuando com ações ilícitas de policiais, e aqueles que cometem excessos devem pagar judicialmente por isso, até porque ninguém está acima da Lei (acho que nesse país somente os políticos).
    Em contrapartida, por que a mídia também não frisou que esse “jovem” Geovanne possuía uma extensa ficha criminal, respondendo por diversos crimes, como homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo, etc.? Por quê?
    Foi montada uma força-tarefa na SSP para solucionar o “caso Geovanne”, e segundo palavras do próprio Secretário de Segurança e do Comandante Geral da PMBA, a sociedade não poderia ficar sem uma resposta sobre o caso. Aí me pergunto: então porque não foi montada também uma força tarefa para investigar, prender e punir os responsáveis pelas mortes de diversos policiais baianos só este ano? Por que a própria mídia não repercutiu as mortes desses policiais, e cobraram a prisão dos autores dos crimes? Por quê?
    Já solucionaram o assassinato do militar da Rondesp morto por bandidos na Liberdade? Já solucionaram o assassinato do Tenente morto no Rio Vermelho por dois bandidos em um carro? Já solucionaram com a mesma rapidez que dizem ter solucionado o “caso Geovanne”. E isso é só dois dos diversos assassinatos de policias só este ano. A justiça está sendo feita por eles mesmos, que, cansados da hipocrisia e inércia do Estado, vão à caça dos assassinos de seus colegas e os mandam para os braços do capeta. Nisso a PMBA é respeitada!
    Pois então caro repórter, as coisas estão assim porque, além de Leis ultrapassadas diante da atual conjuntura social do Brasil, os governos estão usando vocês, da imprensa, para lançar a polícia contra a sociedade, que alienada, acredita em tudo que vê e ouve sem nem sequer desenvolver um senso crítico, de dúvida, de questionamento acerca dos fatos.
    Todos nós merecemos respeito pelo que fazemos, sejamos médicos, professores, garis, repórteres, policiais. Fica o desabafo. Abraços.

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